segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Governo dobra número de alunos em tempo integral

ANGELA PINHO
LARISSA GUIMARÃES
da Folha de S.Paulo, em Brasília

No momento em que avaliações internacionais colocam o Brasil nas últimas colocações no ensino de português, matemática e ciências, o governo aposta na educação integral para reverter o quadro.

Dez mil escolas das redes estaduais e municipais, reunindo 3 milhões de alunos --mais que o dobro deste ano (4.400 escolas, com 1,3 milhão de estudantes)--, terão três horas a mais de estudo a partir de 2010.

O projeto do Ministério da Educação tem dois desafios: garantir que mais horas na escola se traduzam em melhor aprendizagem; e não repetir projetos anteriores que fracassaram.

Pelo programa, as escolas recebem verbas adicionais para oferecer mais atividades em um turno extra -a jornada escolar passa de quatro para sete horas por dia. O acréscimo pode ser de esporte a horta, desde que haja ao menos alguma aula com objetivo estritamente pedagógico, como reforço escolar.

As atividades ficam por conta de monitores voluntários, que recebem de R$ 60 a R$ 300.

O valor motivou troca de farpas entre o governo Lula e a administração Gilberto Kassab (DEM) em São Paulo. Para o secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, os recursos do MEC não cobrem os custos da ampliação do horário. "Ele pode complementar [o pagamento], à vontade", reagiu André Lázaro, secretário do MEC responsável pelo ensino integral.

Paliativo

Não basta, porém, ficar mais horas na escola se a qualidade do ensino deixa a desejar. Em tese de doutorado defendida na USP, a pesquisadora Ana Maria de Paiva Franco mostrou que crianças que estudam mais de cinco horas na rede privada têm melhores notas, mas na pública esse efeito não ocorre.

Para ela, isso acontece porque, no setor privado, os professores são mais cobrados a apresentar resultados.

Por outro lado, defensores da educação integral afirmam que, com ela, a escola pode ajudar a suprir as deficiências culturais do ambiente familiar.

Para especialistas, é necessário, além de equipe qualificada, estrutura para não repetir erros de projetos anteriores.

"É preciso não esquecer o fracasso do projeto apressado e salvacionista dos Cieps, implantado no governo Leonel Brizola [1983-86]", avalia a professora da PUC-Rio Zaia Brandão. "Quando perceberam que perderiam as eleições, aceleraram as construções e desmontaram o que poderia ter sido --e foi em alguns deles-- um excelente projeto experimental."

Os Cieps inspiraram os Ciacs, do governo Fernando Collor (1990-92). O então presidente prometia implantar, em 1992, 640 unidades do Ciac. O número não chegou a 500.

O projeto depois mudou de nome: Caic. A Folha visitou a primeira escola do projeto, aberta em 1991, o Caic Madre Paulina. Não há ensino integral desde 1998, as salas são abarrotadas de alunos e uma das poucas "atividades extracurriculares" é uma sala de vídeo.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

País é o que mais desperdiça aula com bronca

Docentes de escolas no Brasil gastam 18% do tempo das classes para manter disciplina; pesquisa abrangeu 23 países

Bulgária é o país onde os professores conseguem aproveitar melhor o tempo das aulas, seguido por Estônia e Hungria

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

Os professores brasileiros são os que mais desperdiçam com outras atividades o tempo que deveria ser dedicado ao ensino. No período em que deveriam estar dando aula, eles cumprem tarefas administrativas (como lista de chamada e reuniões) ou tentam manter a disciplina em sala de aula (em consequência do mau comportamento dos alunos).
A conclusão é de um dos mais detalhados estudos comparativos sobre as condições de trabalho de professores de 5ª a 8ª séries de 23 países, divulgado ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A pesquisa foi feita em 2007 e 2008.
O resultado não surpreendeu Roberto de Leão, presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação.
"Não li a pesquisa, mas é fato que muito do tempo do professor é roubado por tarefas que não deveriam ser dele. Ele precisa muitas vezes fazer a função de psicólogo, pai ou assistente social, já que todos os problemas sociais acabam convergindo para a escola."
Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do movimento Todos Pela Educação, conta que, quando foi secretário de Educação em Pernambuco, vivenciou isso na prática.
"Fizemos uma pesquisa com o Banco Mundial que mostrou que boa parte do tempo do professor era para resolver questões que deveriam ser de responsabilidade de outros profissionais. Mas também detectamos que se perdia tempo com o professor falando de outros assuntos, em vez de tratar do conteúdo daquela disciplina."
O relatório da OCDE mostra que a maioria (71%, maior percentual registrado) dos professores brasileiros começou a dar aulas sem ter passado por um processo de adaptação ou monitoria. A média dos países nesse quesito é de 25%.
Os brasileiros também são dos que mais afirmam (84%) que gostariam de participar de cursos de desenvolvimento profissional. Esse percentual só é maior no México (85%).
As informações foram colhidas em questionários respondidos por diretores e professores de escolas (públicas e privadas) selecionadas por amostra. No Brasil, 5.687 professores responderam ao questionário, aplicado em 2007 e 2008.
Leão e Ramos concordam com o diagnóstico de que poucos professores passam por um processo de adaptação.
"Muitas vezes, o secretário tem que preencher logo as vagas após um concurso para não deixar alunos sem aula. É como trocar o pneu do carro em movimento, quando o ideal seria ter um tempo para preparar melhor o profissional que começará a dar aulas", diz Ramos.
Esse problema se agrava com a constatação na pesquisa de que os professores brasileiros trabalham com turmas com número de alunos (32) acima da média (24). Apenas no México, na Malásia e na Coreia do Sul essa relação é maior.
Eles também têm menos experiência em sala de aula do que a média -só 19% dão aula há mais de 20 anos; a média de todas as nações comparadas é 36%. Estão abaixo da média (89,6%) ainda no nível de satisfação com o trabalho: 84,7%, o quarto menor índice.

Diretores
A pesquisa investigou a visão dos diretores sobre problemas que afetam o aprendizado. O Brasil fica acima da média em questões como absenteísmo de docentes, atrasos e falta de formação pedagógica adequada.
Também foram listados problemas relacionados a alunos, como vandalismo, agressões ou trapaças no momento da prova.
A indisciplina se mostrou um problema mundial. Na média dos países, 60% dos diretores afirmaram ter, em alguma medida, distúrbios em sala de aula provocados pelo problema.
O México tem o maior percentual (72%); o Brasil tem exatamente o índice da média.
Diretores brasileiros foram dos que mais relataram ter pouca ou nenhuma autonomia para contratar, demitir ou promover professores por seu desempenho em sala de aula. No Brasil, só 27% disseram que podem escolher os professores. A média dos países é de 68%.

Fonte: www.folha.com.br

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Na prática, o Brasil não precisa de educação

Que a educação brasileira (pública ou privada) é um lixo, ninguém discute. É interessante perguntar por quê. Exprimindo de outra forma: a demanda por gente qualificada no Brasil é represada porque a educação é de má qualidade ou a educação é de baixa qualidade porque não há necessidade de gente qualificada?

A opinião dominante é a primeira, a qual parte do pressuposto de que as expectativas relativas à educação seriam anteriores a quaisquer outras expectativas.

Tornou-se comum atribuir à educação (ou melhor, à falta dela) toda e qualquer mazela que se identifique na sociedade.

Contingentes alentados de eleitores continuam a votar em ladrões contumazes, representantes de oligarquias jurássicas e assim por diante? É culpa da educação.

Parlamentares usam o mandato para abiscoitar granas diversas, contratar cupinchas às custas do dinheiro público, enviar namoradas, parentes e amigos para lugares aprazíveis? É o nível educacional.

Flanelinhas achacam motoristas e a polícia não faz nada? É certamente problema da educação.

Empresas privadas fazem o que querem do consumidor, que permanece inerte, sem reclamar? É porque a formação do consumidor é precária.

Já que o nível educacional afeta todas as interações sociais, e já que a educação no Brasil é de baixa qualidade, segue-se que se resolveriam inúmeros problemas pelo expediente de melhorar a educação.

Não é bem assim. Educação é decerto uma condição necessária para se desenvolver consciência política, ou noções a respeito dos direitos básicos de um cidadão, incluindo-se o direito de não ser garfado pelo Estado ou por empresas. Em outras palavras, sem educação não é possível nem uma coisa nem outra.

Contudo, educação não é uma condição suficiente para se atingir tais objetivos. Ou seja, não basta educar, ou tentar educar. Outras condições precisam estar presentes, em particular econômicas. Não se pode ser “cidadão” na miséria.

Mas continuemos.

É certamente verdadeiro que seria bom se todo mundo tivesse educação de boa qualidade.

É também verdade que não se obtém educação de boa qualidade sem investimentos.

Daí o senso comum conclui que o problema do Brasil é que não se investe o suficiente em educação. A solução, portanto, seria investir mais.

Poucos se dão ao trabalho de se perguntar quais são as condições que um país qualquer deve cumprir para que possa investir mais em educação.

Diferentemente do que aprecia o senso comum, tais condições não decorrem de “vontade política”, expressão essa, aliás, de pouco significado — “vontade política” se traduz em orçamento; havendo orçamento há “vontade política” e vice-versa.

Nenhuma sociedade investe na educação para que as pessoas sejam felizes, ou para desenvolver a sua cidadania. Faz-se isso caso exista noção clara a respeito de por quê, materialmente, se quer educar. Por menos que seja agradável aos que enxergam na educação uma espécie de missão humanística, na prática educa-se para formar pessoas que, no futuro, ocuparão postos no mercado de trabalho para cumprir funções bem determinadas.

E isso depende de planejamento econômico, não de qualquer outra coisa.

O exemplo cansativamente repetido da Coreia do Sul, que investiu pesadamente em educação, costuma suprimir o fato de que a reforma educacional coreano não aconteceu no vazio, mas se processou como capítulo do programa de desenvolvimento adotado pelo país.

Como o Brasil não tem plano de desenvolvimento, a demanda por educação de boa qualidade não se exprime. Pior ainda, mesmo sem perspectiva de futuro a demanda por pessoas qualificadas é minúscula, porque aqui não se inventa nada, importa-se quase tudo.

Empresas industriais se transformaram em maquiadoras de produtos desenhados fora. Quando se ouve falar da “indústria” tal ou qual, no mais das vezes não é de fato uma indústria, mas uma empresa comercial.

A capacidade brasileira de adicionar valor agregado ao que se produz é irrisória.

O número de patentes brasileiras registradas nos EUA (que é o indicador geralmente aceito para a capacidade de inovação de uma economia) é o mais baixo dos países emergentes, e mais baixo do que muitos subdesenvolvidos.

Com isso, o mercado de trabalho brasileiro demanda vendedores, intermediários e indivíduos capazes de replicar algumas rotinas em processos produtivos e de distribuição formulados em outro lugar. São funções que não têm grande necessidade de educação.

Em outras palavras, a educação brasileira é ruim porque a economia brasileira não tem necessidade real de gente qualificada. Se tivesse, exerceria pressão sobre o sistema educacional.

Enquanto não se compreender que não existe futuro sem desenvolvimento, e se imaginar que se pode construir uma sociedade melhor somente com palavras de ordem bem-soantes mas objetivamente inócuas, como é o caso do discurso dominante sobre educação, permaneceremos na mesma.


Claudio Weber Abramo

Claudio Weber Abramo é diretor executivo da Transparência Brasil. Bacharel em matemática (USP) e mestre em filosofia da ciência (Unicamp). Antes de juntar-se à Transparência Brasil, sua principal atividade profissional foi na área de comunicação e, nesta, no jornalismo. Organizou o livro A Regra do Jogo, do jornalista Cláudio Abramo, seu pai. Colabora freqüentemente com a imprensa e é autor de artigos em publicações especializadas a respeito do tema da corrupção e seu combate.

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/claudioabramo/

terça-feira, 12 de maio de 2009

Sabe tudo sobre o novo Enem? Confira 20 perguntas e respostas sobre a prova.


Por que o Enem mudou?
Segundo o MEC, o vestibular seleciona os melhores estudantes e cumpre sua função. Mas com a unificação dos vestibulares pelo novo Enem, o candidato terá mais chances de ingressar em uma universidade, pois poderá se candidatar a diversas instituições simultaneamente, com diminuição de custos - como o de taxa de inscrição e de viagens para realizar os exames. Além disso, o ministério pretende dar orientações mais claras para mudanças no ensino médio, a partir do novo Enem.

Não era possível unificar os vestibulares com o Enem da forma antiga?
Segundo o MEC, o novo formato de prova tem mais capacidade de diferenciar as habilidades dos candidatos e de selecionar os ingressantes em uma faculdade. A prova tem questões com níveis de complexidade diferentes e poderá ser comparada ano a ano, já que seguirá um padrão.

O novo Enem terá quantas questões?
Serão 200 questões objetivas com cinco alternativas. Até o ano passado, eram aplicados 63 testes de múltipla escolha.

Haverá redação?
Sim. A redação está mantida no novo Enem, no mesmo modelo dissertativo - como já ocorria nas edições anteriores.

Quando será aplicado o novo Enem?
A prova está prevista para os dias 3 e 4 de outubro. A divulgação das notas nas questões de múltipla escolha ocorrerá em 4 de dezembro. O resultado final, incluindo a redação, sai no dia 8 de janeiro de 2010, diz o MEC.

O conteúdo cobrado vai mudar?
A prova continuará a avaliar habilidades e competências. O ministro Fernando Haddad já afirmou que o conteúdo cobrado deverá se aproximar um pouco do que é exigido nos vestibulares. O Enem passará, então, a exigir mais conteúdo do que nas edições anteriores.

Quais serão as matérias avaliadas?
Serão avaliadas quatro áreas do saber: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. Cada uma das áreas deverá ter cerca de 50 testes.

Como devo me preparar para o novo Enem?
Segundo o MEC, quem está se preparando para o Enem antigo e para os vestibulares não terá problemas na resolução da nova prova.

Vai ser preciso saber fórmulas de física e química?
De acordo com o MEC, a intenção é diminuir e até mesmo acabar com a "decoreba". As questões deverão fornecer as fórmulas necessárias. Isso não significa que a pergunta vai ficar mais fácil! Será necessário ter bom conhecimento das disciplinas e saber, de verdade, utilizar as fórmulas.

Será preciso estudar datas históricas?
Pela proposta, a ideia não é cobrar conhecimento enciclopédico. Ou seja, os testes não deverão conter pegadinhas sobre anos ou dias de determinados fatos históricos. O que será cobrado do candidato é o conhecimento aprofundado da história, da relação entre os fatos e as implicações do conhecimento do passado no presente.

A prova terá atualidades?
Os vestibulares tradicionais e o próprio Enem antigo costumam cobrar atualidades de maneira contextualizada. Ou seja, as atualidades servem como "gancho" para formular um teste ou para o tema da dissertação. Sempre é bom estar informado, para ter facilidade ao elaborar relações entre conteúdos e construir argumentos em um texto.

O exame terá questões de inglês?
Em 2009, a prova não terá perguntas de língua estrangeira. Para 2010 são previstas perguntas de inglês e espanhol. O MEC ainda não definiu se o candidato poderá fazer a escolha entre um ou outro idioma.

Como as faculdades vão utilizar o novo Enem?
O MEC definiu quatro formas de utilização do novo Enem na seleção de estudantes. São elas:
1- usar o Enem como prova única para a seleção de ingresso;
2- substituir apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem;
3- combinar a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional. Nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva;
4- usar o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.

Terei de escrever de acordo com as novas regras ortográficas?
Não. Segundo o decreto que regulamenta o acordo ortográfico, é possível escrever de acordo com a norma antiga até 2012. Os examinadores terão de aceitar as duas grafias.

Posso me candidatar a quantas faculdades com o novo Enem?
Será permitido que o vestibulando escolha até cinco opções de cursos em instituições de todo o país que aderirem à prova. É permitido escolher diferentes cursos em instituições distintas.

Universidades particulares e estaduais poderão adotar o novo Enem?
Sim. A adoção é aberta para as instituições que tiverem interesse. USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) já informaram que não vão trocar seus vestibulares pelo novo Enem de 2009.

Como será a inscrição para os vestibulares?
O MEC vai criar um sistema na internet para a realização das inscrições. Será um sistema semelhante ao que já é usado no Prouni (Programa Universidade para Todos), que concede bolsas de estudo em universidades particulares. O processo todo será realizado pela internet.

Como sei se minha nota no Enem 2009 é suficiente para conquistar uma vaga?
O MEC informa que a nota mínima para ingresso em cada curso será atualizada diariamente, em tempo real. Assim, o candidato poderá saber se tem pontos suficientes para conquistar a vaga. Se não tiver, poderá modificar sua escolha quantas vezes desejar, até que termine o prazo de opção.

Como o ensino médio muda, depois do novo Enem?
É no ensino médio que os interessados em fazer uma faculdade se preparam. Se o processo seletivo de ingresso nas universidades mudar, as escolas terão de ensinar os estudantes. Assim, por conta de uma mudança na avaliação, o MEC pretende que ocorram mudanças no sistema de ensino.

Se o Enem quer pautar o ensino médio, quem já fez colegial terá mais dificuldade para fazer a prova?
Como a prova não exigirá domínio de conteúdos de memorização, mesmo quem já se formou poderá ter um bom desempenho. Mas a avaliação vai exigir capacidade de relacionar fatos, de aplicar conhecimentos das disciplinas e habilidades de interpretação de texto, gráficos e problemas.

Fonte: www.uol.com.br

segunda-feira, 4 de maio de 2009

SEC discutirá Plano de Educação Profissional no território de Conquista

Nesta quinta-feira (07/05), a Secretaria da Educação do Estado realiza mais um da série de seminários sobre a modalidade de ensino associada ao desenvolvimento sustentável, destacando desta vez as especificidades do território de identidade Vitória da Conquista. A intenção da Superintendência de Educação Profissional do órgão é continuar a discutir as bases do Plano Estadual de Educação Profissional (2008-2011) de forma coletiva, de maneira que este se identifique com os vetores de desenvolvimento de cada região. Deste encontro, participarão as Direc 20, 13, 19 e 24.

O evento será realizado com a participação das empresas que atualmente investem na região, gestores públicos estaduais e municipais, educadores e demais trabalhadores da educação, sindicatos, agricultores familiares, ambientalistas, pais, estudantes, representantes de movimentos sociais e de organizações da sociedade civil. A intenção é colher idéias que possam melhor orientar o Governo do Estado em relação à implantação da educação profissional nas escolas estaduais, com o fim de fazer acontecer a inclusão social pelo trabalho.

Como nos seminários anteriores, serão formados no período da manhã grupos para debater as demandas sociais da educação profissional no território. À tarde, serão apresentados os trabalhos desenvolvidos em grupo e, por uma hora, o superintendente Almerico Biondi apresentará a proposta para implantação da educação profissional no território de Vitória da Conquista. Uma rodada de debates encerrará o encontro.

Fonte: ASCOM - SEC

sábado, 2 de maio de 2009

Dia Nacional da Matemática


O dia 6 de maio é dedicado aos estudos da Matemática. Em homenagem ao educador, escritor, e conferencista brasileiro, Júlio de Melo e Souza, que nasceu nesta data, foi instituído o Dia Nacional da Matemática. “Malba Tahan”, pseudônimo utilizado pelo educador, revolucionou o ensino de matemática com uma dinâmica própria e divertida.

Para comemorar a data, socializar atividades para o ensino de matemática e integrar sociedade e Universidade, o Curso de Matemática da Uesb, campus de Jequié, preparou uma programação toda especial, com exposições, palestras e atividades culturais. O evento acontece no dia 6, quarta-feira, a partir das 18h30, no Auditório Waly Salomão.

Para mais informações, ligue para (73) 3528-9621 ou (73) 3528-9737.

Confira o convite e o folder do evento.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Governo do Estado vai investir cerca de R$100 milhões na contratação de professores

Com o intuito de suprir a carência de professores da rede estadual de ensino, o Governo do Estado autorizou, neste início de ano, a contratação de 5.193 professores da Educação Básica. Ontem, foi autorizado o terceiro Processo Seletivo Simplificado em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), para mais 1.500 professores.

Em março, foram realizados outros dois processos totalizando 3.693 profissionais. Também foi autorizada a contratação de 277 docentes para a Educação Superior. Um investimento de cerca de R$ 100 milhões/ano.

Só no período de 2007 até o mês de fevereiro deste ano, o Governo contratou 7.576 professores, sendo 3.996 efetivos do concurso público realizado em 2005 e 4.180 selecionados no Processo Seletivo Reda.

Mesmo assim, no início do ano, a rede apresentou uma carência de 5.140 docentes. "Estamos enfrentando o problema que vem se acumulando há muitos anos. Poderia ser menor se, por exemplo, os aprovados no concurso de 2005 tivessem sido contratados imediatamente após a aprovação", pontua o secretário estadual da Educação, Adeum Sauer. Desse concurso, o governo anterior só tinha convocado 747 professores para Salvador.

Outra medida a ser adotada é a contratação, por meio de bolsas de estudo, de estudantes universitários, em conclusão do curso de licenciatura, para substituir temporariamente os professores em licenças prêmio e médicas, que totalizam 2.378 docentes.

A nova contratação de 1.500 professores será realizada para todo o Estado e nas disciplinas onde não existirem classificados no concurso público de 2005.

Fonte: ASCOM - SEC

quinta-feira, 26 de março de 2009

Professores e gestores são capacitados para desenvolver o PDE

A melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem depende do planejamento estratégico desenvolvido pela escola. É nesse sentido que o Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), capacita, até sexta-feira (27), professores e gestores das redes estadual e municipais para desenvolverem o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE). A formação acontece no Hotel Fiesta. O PDE é uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança.

As ações do plano são viabilizadas através de financiamento do MEC, que pode variar de R$15 mil a R$75 mil por escola. A novidade deste ano é que, os recursos antes destinados exclusivamente para o ensino fundamental, agora passa a ser para a educação básica de um modo geral. No ano passado, 2.021 escolas baianas foram selecionadas pelo MEC, de acordo com o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Desse montante, 677 são da rede estadual e, as demais, das redes municipais.

O valor repassado para as ações no ano passado foi de R$12, 2 milhões. Já este ano, com a inclusão de mais 1.711 unidades escolares, sendo 435 estaduais, o valor subiu para R$33,1 milhões. "O PDE é um instrumento gerencial que proporciona à escola, a possibilidade de trabalhar de forma conjunta para, juntos, pensarem em estratégias de melhoria do aprendizado dos alunos com base nos dados levantados pela própria escola", explica a coordenadora de Gestão Descentralizada da SEC, Euzelinda Dantas.

O PDE visa atender as escolas públicas municipais e estaduais, consideradas prioritárias com base no Ideb de 2005: Ideb até 2,7 para anos iniciais e até 2.8 para anos finais e também as que obtiveram Ideb até 3,0 para anos iniciais e até 2,8 para anos finais na avaliação de 2007.

Fonte: ASCOM - SEC


quarta-feira, 25 de março de 2009

Como usar a Tv Pendrive

Vídeo para Orientar os professores a utilizar a Tv Pendrive. NTE - SEC-BA

TV Pendrive (Monitor Educacional) - Conversão de Arquivos

TV Pendrive (Monitor Educacional) - Conversão de Arquivos TV Pendrive (Monitor Educacional) - Conversão de Arquivos adrianassousa Apresentação elaborada para Oficina TV Pendrive (Monitor Educacional) do NTE 16 - Vitória da Conquista/BA. 2009.

Tutorial (2) de utilização da TvPendrive.

Este Tutorial foi elaborado pelo NTE 16 de Vitoria da Consquista.
Tutorial Feito pela Multiplicadora Adriana Souza.

TV Pendrive (Monitor Educacional) TV Pendrive (Monitor Educacional) adrianassousa Apresentação elaborada para a Oficina TV Pendrive (Monitor Educacional) - NTE16 - Vitória da Conquista/BA. 2009.

Tutorial de utilização da TvPendrive.

Os vídeos abaixo contém informações de como utilizar a TvPendrive.

terça-feira, 24 de março de 2009

Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP 2009.

Caros Professores e Diretores de Escolas,

Com satisfação, comunicamos a abertura das inscrições, hoje, dia 23 de março, da 5a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP 2009.
As inscrições serão feitas exclusivamente no site da OBMEP www.obmep.org.br e ficarão abertas até o dia 15 de maio próximo.

Como nas edições anteriores, a OBMEP 2009 é dirigida a todas as escolas públicas brasileiras: municipais, estaduais e federais. Os alunos que podem participar são os
alunos do Ensino Fundamental (6o ao 9o ano) e do Ensino Médio.

Convidamos a todos para visitar o nosso site e incentivamos a participação de todos os alunos de sua escola!

Apresentação

A OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS (OBMEP) é um projeto que vem criando um ambiente estimulante para o estudo da Matemática entre alunos e professores de todo o país.

Voltada para a escola pública, seus estudantes e professores, a OBMEP tem o compromisso de afirmar a excelência como valor maior no ensino público. Suas atividades vêm mostrando a importância da Matemática para o futuro dos jovens e para o desenvolvimento do Brasil.

Dentre as realizações da OBMEP destacam-se:

• a produção e distribuição de material didático de qualidade, também disponível neste site;

• o Estágio dos Professores Premiados - um momento de reconhecimento à competência e dedicação desses profissionais num ambiente de estudo estimulante e enriquecedor;

• o Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) para os medalhistas da OBMEP estudarem Matemática por 1 ano, com bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);

• a mobilização de Coordenadores Regionais para a realização de atividades, tais como seminários com professores, cerimônias de premiação e encontros com diretores de escolas;

• os encontros dos Medalhistas de Ouro da OBMEP – uma semana com muita Matemática e diversão, e uma ótima oportunidade para fazer amigos que também gostam de Matemática.

A OBMEP vem crescendo a cada ano – confira em OBMEP em números. Em 2008, mais de 18 milhões de alunos se inscreveram na competição e cerca de 98% dos municípios brasileiros estiveram representados.

Os sucessivos recordes de participação fazem da OBMEP a maior Olimpíada de Matemática do mundo.

Participe você também!

domingo, 22 de março de 2009

Servidores estaduais terão novas opções para consulta de contracheque.

A partir deste mês, os servidores públicos estaduais ativos e inativos poderão consultar o contracheque também nos terminais de autoatendimento e no site do Banco do Brasil. O informe com os salários vai continuar sendo acessado pela internet no Portal do Servidor (www.portaldoservidor.ba.gov.br) e a versão impressa sendo entregue aos servidores.

A medida irá beneficiar os servidores do interior ou àqueles com dificuldade de acesso à internet. Nos terminais de autoatendimento, a primeira via do contracheque no mês será gratuita e a partir da segunda emissão o servidor pagará R$2 pela cópia. Pela internet, tanto no site do BB, quanto no Portal do Servidor, o serviço é gratuito. Ficarão disponíveis para consulta de histórico os contracheques de até um ano.

Para acessar o serviço nos terminais do banco, o servidor após inserir o cartão, deve escolher a opção “Consultas”, em seguida “Contracheque”. No campo “Identificação”, o servidor deve digitar o CPF. Depois é só escolher o mês para impressão do documento.

Pela internet, o servidor deve acessar a página do Banco do Brasil (www.bb.com.br), preencher os campos para ter acesso à conta pelo site (agência, conta e senha de autoatendimento de no mínimo oito caracteres). Em seguida escolher no menu de opções “Outras serviços”, depois “BB contracheque”. Basta informar o CPF do servidor para ter acesso ao contracheque.

Já no Portal do Servidor, o contracheque é acessado a partir do menu superior da página inicial. Basta ao servidor informar o órgão onde trabalha e a matrícula para obter gratuitamente o documento.


terça-feira, 17 de março de 2009

Cursos oferecidos pelo IAT

Oi Pessoal

Segue abaixo os curso oferecidos pelo IAT.

Clique aqui.


Profuncionário valoriza servidores públicos não docentes

Com o objetivo de construir uma identidade profissional para os servidores públicos não docentes, que tenham concluído o ensino médio, o Instituto Anísio Teixeira - IAT está levando o Profuncionário para novos municípios. O projeto que oferece cursos de formação em Gestão Escolar e Alimentação Escolar, ministrados na modalidade EAD, promove a valorização profissional e oferece uma prestação de serviço com qualidade para a população.

Os professores da Rede Estadual de Ensino do Estado da Bahia que têm interesse em participar do projeto podem se inscrever das 8h do dia 10/3 às 24h do dia 17/03 através desta FICHA CURRICULAR DE INSCRIÇÃO. Basta anexá-la em um e-mail que deverá ser encaminhado para o endereço projetoprofuncionário.iat@sec.ba.gov.br Efetuada a inscrição, o candidato receberá, via e-mail, a confirmação de que foi cadastrado. Para maiores informações, confira AQUI o edital do processo seletivo interno para o Projeto Profuncionário.

Estão sendo ofertadas 41 vagas, sendo 29 para tutor, seis para professor orientador e seis para articulador pedagógico. Para a função de tutor, é necessário que o professor tenha licenciatura plena em qualquer área do conhecimento e para as funções de professor orientador e articulador pedagógico, preferencialmente, licenciatura em pedagogia. Os municípios pólos envolvidos e a disponibilidade de vagas de cada um deles podem ser conferidos no quadro abaixo:



Exposição de obras do AVE atrai observadores

A 1ª Mostra de Artes Visuais Estudantis (AVE) tem ganhado notoriedade e abrigo nos mais nobres espaços culturais do Estado. Desta vez, o local que acolhe, de hoje (16) a 20 deste mês, a exposição de mais de 35 obras de artes de estudantes da rede pública, é a Assembléia Legislativa da Bahia (ALBA).

A abertura da exposição, lançada oficialmente hoje, foi marcada pelo show do músico Massumi, nome artístico do estudante da rede estadual e finalista do 1º Festival Anual da Canção Estudantil - Face, Felipe de Almeida, da Escola Agrotécnica de Vitória da Conquista. "Com o Face, consegui espaço para mostrar meu trabalho e já estou incluído no projeto MPB Petrobras", destacou.

A exposição do AVE chamou a atenção dos que passavam e agradou a todos os níveis. A cientista política da ALBA, Simoa Lins, achou o trabalho muito profissional. "Não sabia que era de estudante, mas achei muito bom e maduro", explanou.

O AVE ¿ 1ª Mostra de Artes Visuais Estudantis é um projeto desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), onde os estudantes da rede estadual de ensino, com orientação de professores, criam obras de artes. De caráter revolucionário e inovador, o AVE visa a explorar o potencial educativo, através das artes visuais, estimulando a criação de obras de arte no ambiente escolar, assim como a valorização das expressões culturais regionais.

Além de trabalhar técnicas de artes visuais com a utilização de materiais simples, o AVE é uma oportunidade de divulgar os trabalhos produzidos dentro da escola, valorizar a disciplina de educação artística e despertar no aluno o talento para as artes.

Para a coordenadora do Espaço Cultural da Assembléia Legislativa, Maritza Novato, que está acostumada a receber artistas renomados no local, declarou que o AVE mostrou trabalhos maravilhosos por contemplar vários estilos. "É a primeira vez que realizamos uma exposição de estudantes e acho importante o governo do Estado dar esta atenção aos talentos deles e principalmente do interior".

Fonte: ASCOM - SEC

segunda-feira, 9 de março de 2009

Monitor Educacional


É um Ambiente de Suporte ao uso do Monitor Educacional! Lá a comunidade escolar poderá socializar suas produções audiovisuais e conhecer outras tantas produções referentes às mais diversas áreas do conhecimento. Os conteúdos disponibilizados encontram-se nos formatos digitais de arquivos de som, imagem e vídeo. Trata-se de um recurso que pretende contribuir para o desenvolvimento tecnológico audiovisual da sua escola, instigando suas próprias produções. Não deixe de acessar o link “Como colaborar?” e Bom trabalho!

Página do Site, Clique Aqui.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Concurso incentiva leitura nas escolas da rede pública

Escolas da rede pública de todo país com turmas a partir da 6ª série do ensino fundamental podem participar do concurso Ler é Bom, Experimente. O projeto tem como objetivo incentivar o hábito da leitura e escrita e estimular a criação de textos, performances, discussões e debates nas salas de aula.

As unidades de ensino participantes receberão 38 exemplares do livro de crônicas, material didático: folhas pautadas para redação, questionários e o manual do professor com sugestões para dinamizar a leitura em sala de aula e plano de aplicação do projeto. Os estudantes que apresentarem os melhores trabalhos serão premiados com livros. As inscrições vão até o dia 30 de março e devem ser feitas pelo site www.projetosdeleitura.com.br.

O projeto é uma iniciativa do cronista Laé de Souza, também autor de projetos de leitura focados nas escolas da rede pública, parques, praças, transportes coletivos e outros locais, com o intuito de criar oportunidades para o público conhecer o mundo da leitura. O Ler é Bom, Experimente tem o apoio do Ministério da Cultura e já contou com a participação de 80 mil estudantes e cerca de 2 mil escolas.

Fonte: ASCOM - SEC

Mais de 1,2 milhão de alunos da rede estadual voltarão às aulas na próxima segunda-feira

Mais de 1,2 milhão de estudantes, de 1.681 unidades escolares da rede estadual de ensino, voltarão às aulas na próxima segunda-feira (2). A abertura oficial do ano letivo 2009 será realizada pelo secretário estadual da Educação, Adeum Sauer, no Colégio Almirante Barroso, em Paripe, às 8h30. Além de rever os colegas, os estudantes vão encontrar salas de aulas reformadas e com mais tecnologia, com a utilização dos monitores educacionais de TV pen drive, equipamento que vai possibilitar aos professores mais dinamismo nas aulas, criando condições para apresentação de trabalhos semelhantes às proporcionadas pelo uso de projetores multimídia, computadores, telas de projeções, entre outras tecnologias.

Outra novidade será a implementação do Compromisso de Gestão da Qualidade da Educação. Esta será uma ação prioritária que deve envolver toda a comunidade escolar. A meta é alcançar resultados de qualidade da educação, e o cumprimento das ações será formalizado mediante assinatura de termo de compromisso entre a Secretaria, as Diretorias Regionais de Educação (Direc) e as unidades escolares.

Com relação à rede física, os estudantes vão encontrar um ambiente mais agradável nas escolas. Isso porque a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) investiu cerca de R$22,5 milhões para reformas e pequenos reparos nas unidades escolares. O montante representa um aumento de 144% comparado ao valor destinado no mesmo período de 2008, e vai beneficiar todas as escolas da rede. Os valores foram repassados de acordo com as necessidades das unidades, levando em consideração a Ação Pesquisa Educacional que, no ano passado, classificou as instalações como ótima, boa, regular, ruim e péssima.

TV pen drive - A SEC investiu R$ 38 milhões na aquisição de 22 mil monitores educacionais de TV pen drive, no intuito de equipar cada sala de aula com um aparelho, além das bibliotecas e sala de professores. Considerado uma ferramenta inovadora, o monitor educacional possibilitará a realização de diversas modalidades de apresentação utilizando mídias diferenciadas, a exemplo de áudio, vídeo e imagens, tornando as aulas mais dinâmicas e interessantes. Além da instalação de um monitor em cada sala de aula, os professores da rede estadual receberão um aparelho pen drive para preparar as aulas. Para que possam explorar todas as potencialidades do equipamento, os professores da rede serão capacitados para manuseá-lo.

Fonte: ASCOM - SEC

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

SEC lança programa de formação inicial para mais de 49 mil professores

A fim de sanar o problema da falta de formação inicial dos professores do ensino fundamental das redes estadual e municipais, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) lançará no próximo dia 04 de março, às 9h, no Centro de Convenções da Bahia, o Programa de Formação Inicial de Professores. Esta é a primeira vez que o Estado articula políticas para acabar com o índice de mais de 70% de professores dos municípios que não têm a formação inicial.

O programa vai oferecer, até 2011, 49.660 vagas, nas modalidades presencial e a distância, numa parceria com os 417 municípios baianos, as universidades federais e estaduais na Bahia, Universidade Aberta do Brasil (UAB), o Instituto Federal da Bahia (IFBA), além de Ministério da Educação e entidades do movimento social. Das mais de 49 mil vagas, 42 mil serão destinadas à formação de professores das redes municipais; as demais vagas são destinadas a professores da rede estadual.

A solenidade de lançamento do programa ocorrerá com a presença do governador Jaques Wagner, que assinará o decreto do Programa, que também institui um Comitê Gestor. Na ocasião, a SEC assinará com os municípios os termos de adesão ao Programa de Formação, além dos que tratam de Transporte Escolar e do programa TOPA - Todos pela Alfabetização.

Os municípios que vão aderir ao Programa de Formação terão apenas despesas com os custos de logística, ou seja, alimentação, hospedagem e transporte dos profissionais de educação em curso. As demais despesas serão arcadas pela SEC.

A coordenadora de Formação de Profissionais de Educação do IAT/SEC, Ilma Cabral, informou que os dois primeiros objetivos do programa são cumprir as determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), segundo a qual não mais se permite professores sem nível de licenciatura, e o Plano Nacional de Educação, de 2001, que determina que estes professores devem receber a formação até 2011.

"Com professores atualizados em cursos com currículos novos e que atendam às novas demandas, a educação básica só tem a ganhar. E isso pode ter resultados muito positivos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)", comentou a Ilma Cabral.

Transporte Escolar - O secretário da Educação, Adeum Sauer, também vai assinar o termo de adesão do transporte escolar com prefeitos dos 417 municípios baianos. Fruto do Programa Estadual do Transporte Escolar no Estado da Bahia (PETE/BA), o termo possibilita que a transferência dos recursos financeiros seja realizada diretamente aos municípios, de forma descentralizada e automática. O convênio é aberto a todas as prefeituras que realizam o transporte escolar de alunos de ensino médio da rede pública estadual, residentes no meio rural.

O Termo de Adesão terá prazo de cinco anos, podendo ser renovado automaticamente por igual período, se não houver manifestação contrária das partes. Os valores dos repasses vão variar de acordo com a área total do município e o número de alunos matriculados no ensino médio nas escolas estaduais em área rural que utilizem transporte escolar, constantes nos dados oficiais do Censo Escolar do INEP/MEC, relativo ao ano imediatamente anterior ao do atendimento.

A transferência dos recursos será efetuada pelo Estado em conta corrente específica a ser indicada pelo município. Já a prestação de contas dos recursos recebidos ocorrerá, anualmente, até 28de fevereiro do ano subseqüente. A SEC divulgará, a cada exercício financeiro, a forma de cálculo, o valor a ser repassado aos municípios, a periodicidade dos repasses, bem como as orientações e instruções necessárias à execução do PETE, observado o montante de recursos disponíveis para este fim, constante da Lei Orçamentária Anual.

O controle, a fiscalização do repasse e a efetiva aplicação dos recursos serão realizados pela SEC. Os municípios que utilizarem os recursos em desacordo com as normas estabelecidas para execução do Programa, apresentarem a prestação de contas em desacordo com a forma e prazo estabelecidos ou descumprirem as normas definidas no Código de Trânsito Brasileiro terão os repasses suspensos.

Fonte: ASCOM - SEC

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Importância da Matemática


A Matemática é uma disciplina com características muito próprias, sendo utilizada em praticamente todas as áreas do conhecimento cientifico e, principalmente no cotidiano da sociedade. Contudo, seu ensino nas escolas não dá de forma satisfatória, deixando muito a desejar, principalmente por existir uma notória lacuna entre a Matemática escolar e a praticada no dia-a-dia.

A Matemática ocupa lugar de destaque na vida escolar dos alunos, desde as séries iniciais do ensino fundamental. Seja pela misticidade do mundo dos números, ou das formas geométricas, a Matemática se destaca por possuir uma linguagem própria, que a torna uma disciplina “diferente” quando comparada a outras. E é justamente essa diferença contextualizada na realidade social dos alunos, que faz suscitar a importância da Matemática em seu dia-a-dia, tendo em vista o papel primordial que representa o conhecimento matemático na solução de problemas do cotidiano. Contudo, essa disciplina, nem sempre é abordada satisfatoriamente nas escolas.

A Matemática está impregnada na história da humanidade desde seus primórdios, surgindo justamente para suprir as necessidades do cotidiano das primeiras civilizações. Mas no decorrer da história, mitos e tabus foram se criando acerca da disciplina, sendo que alguns ainda habitam o ambiente escolar.

Um discurso que se ouvi freqüentemente entre os alunos, a “Matemática é para poucos”, evidencia o tipo da relação entre a disciplina e os mesmos. Como conseqüência desse mito, os alunos que apresentam facilidade no aprendizado da Matemática, são vistos pelos outros como inteligentes, estudiosos, esforçados. Os que os credenciam ao sucesso. Já os alunos com certa dificuldade de aprendizado em Matemática são condenados ao fracasso escolar. Agrega-se a tal fato, ao alto índice de evasão escolar, que segundo dados do MEC, a Matemática é a disciplina que contribui com maior peso para esse fenômeno. Mas o discurso a “Matemática é para poucos” não é de construção recente. Tenório, citado por Silveira (2005) aborda esta questão.

Problemas ligados ao inicio das estações podem ter criado a necessidade dos primeiros cálculos (...). Foram eles os primeiros “Matemáticos”, os primeiros calculistas. Os sacerdotes egípcios executavam laboriosas medições a fim de adquirirem um razoável conhecimento acerca das enchentes e vazantes do Rio Nilo. Em seus templos, bem dissimulados, existiam nilômetros, aparelhos que os ajudavam nesse mister. O povo não participava desse trabalho nem conhecia a existência desses instrumentos. Assim, quando os sacerdotes previam determinada enchente vazante, tal previsão era recebida pelo povo aureolada de profecia; por via de conseqüência, os sacerdotes recebiam não apenas reverências reservadas aos profetas e deuses, como, possivelmente mais importante que isto outras homenagens mais materiais como presentes, dinheiro, etc.
Desta forma, desde o início, a produção e organização do conhecimento matemático estavam em mãos da classe dominante, já que os sacerdotes constituíam-se em aliados importantes do poder (TENÓRIO, 1995, p. 105).

Nesse recorte, fica evidente a presença do misticismo envolvendo o conhecimento matemático, além de tornar evidente o discurso “Matemática é para poucos” data de séculos atrás.

Como conseqüência desse discurso, vem à tona um outro: “Matemática é difícil”. Tal discurso ganha força levando-se em consideração que a Matemática é a disciplina responsável pela maioria das reprovações escolares. Até mesmo os próprios professores da disciplina, dizem que a Matemática precisa torna-se fácil, o que pressupõe que ela seja difícil.

Certamente o fator que, infelizmente ofusca com mais intensidade a importância da Matemática, é justamente o que deveria o efeito contrario, ou seja, a maneira como a disciplina é lecionada nas escolas. “A ação prática tem ocupado um lugar de primazia onde a filosofia, um pensar no que é essencial, não tem tido uma maior atenção” (MEDEIROS, 1985, p. 13). Nesse contexto, destaca-se um perfil de professor nocivo à fomentação do conhecimento matemático: o autoritário. Aulas limitadas à exposição de conteúdos, em sua maioria sem nenhuma referência à história de sua construção são predominantes nas salas de aula. E para fixação dos conteúdos, os alunos são sujeitos à baterias de exercícios repetitivos, restritos a aplicação de fórmulas imediatas em várias questões quase sempre com os mesmo enunciados. Sendo assim a abstração, uma virtude do conhecimento matemático, tende-se a distanciar cada vez mais dos alunos.

A combinação desses fatores impede a aplicação do conhecimento matemático no cotidiano dos alunos, tendo em vista que para utilização da teoria na pratica, torna-se necessária uma base teórica sólida.

Logo nas primeiras séries do ensino fundamental é notório a importância do conhecimento matemático na realidade dos alunos. Por exemplo, uma criança quando entende as operações aritméticas, torna-se capaz de encarar as movimentações financeiras de sua realidade, como o troco da passagem de ônibus ou da padaria. E a medida que o aluno avança dentro do ensino básico, torna-se cada vez mais amplo o campo de aplicação do conhecimento matemático em seu cotidiano; tendo-se em vista que um aluno do ensino médio tendo em mente os conceitos de funções, torna-se apto, por exemplo, a construir uma planilha de gastos e receitas em sua casa, o que sem dúvida contribui muito no planejamento do orçamento doméstico.

A matemática também pode transformar-se em uma importante ferramenta de mudança social, pois partindo do pressuposto que o aluno assimilou o conhecimento matemático ele é capaz de contextualizá-lo. Por exemplo, um aluno do ensino médio é capaz de compreender o que representa para o país os juros da dívida externa, o saldo da balança comercial, a divisão do orçamento público. E de posse desse conhecimento, tem-se a construção de um senso crítico capaz de questionar as lideranças políticas do país.

Torna-se evidente a importância da Matemática no cotidiano dos alunos, mas os mesmos revelam a existência de um abismo entre a Matemática estudada na sala de aula e a que se usa no dia-a-dia. Portanto aquela velha resposta que a Matemática serve para desenvolver o raciocínio já não consegue persuadir os alunos sobre a importância da disciplina, pois com a globalização e a modernização da mídia o acesso dos alunos à informações, antes de modo restrito, torna-se quase instantâneo.

Portanto, mais que uma Matemática usada no cotidiano familiar ou profissional, os alunos precisam de uma Matemática que os ajude na solução dos seus problemas, independentemente de sua natureza.

SEC oferece 5,2 mil vagas em curso de formação de professor



A Secretaria da Educação (SEC) abriu, nesta sexta-feira, as inscrições para o preenchimento de 5.200 vagas no Programa Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar).

Voltado para professores de Língua Portuguesa e de Matemática das redes estadual e municipais, o programa tem carga horária de 373 horas e é semi-presencial.

As vagas serão distribuídas por todas as Diretorias Regionais de Educação (Direc) e as inscrições prosseguem até o dia 6 de março.

Os interessados devem ter graduação em Língua Portuguesa ou Matemática e estar em efetiva regência de classe nas séries correspondentes do 6o ao 9o ano (5a a 8a séries).

As inscrições são feitas online, com o preenchimento do formulário disponível no site do Instituto Anísio Teixeira (IAT) www.sec.ba.gov.br/iat.



Ampliação – Iniciado em 2001, o Gestar nasceu com o propósito de atender às necessidades permanentes de atualização e de construção de novas abordagens pedagógicas dos professores de Língua Portuguesa e Matemática.

No ano passado, o Gestar certificou 3.284 professores em todo o estado. No segundo semestre deste ano, o programa será ampliado, passando a contemplar os professores de Física, Química e Biologia da rede pública do Estado, através do Gestar de Ciências.

Este ano, de 2 a 6 de março, uma equipe especializada do Ministério da Educação (MEC) estará em Salvador para ministrar o curso que dará a formação dos professores de Língua Portuguesa e Matemática que atuarão como formadores do programa.

A formação especializada é condição para que um professor da rede possa atuar no Gestar na função de formador.

Os resultados do Gestar são aferidos pelo desempenho dos alunos nos exames de avaliação de Língua Portuguesa e Matemática.

Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), por exemplo, mostram que 84% das unidades escolares atendidas pelo programa Gestar II tiveram crescimento no índice.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Inicío do Ano Letivo de 2009 - 02 de Março de 2009

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia adia para o dia 2 de março a data de início do ano letivo escolar da rede estadual de ensino, previsto inicialmente para 16 de fevereiro. A transferência busca atender a uma solicitação das Diretorias Regionais de Educação (Direc) e unidades escolares, que precisarão de maior tempo para a preparação das escolas. A necessidade foi verificada durante a Jornada Pedagógica 2009, que ocorre em todas as escolas estaduais.

As unidades escolares deverão adequar o seu calendário escolar, procedendo aos eventuais ajustes necessários, com vistas ao pleno cumprimento dos 200 dias letivos.