A Matemática é uma disciplina com características muito próprias, sendo utilizada em praticamente todas as áreas do conhecimento cientifico e, principalmente no cotidiano da sociedade. Contudo, seu ensino nas escolas não dá de forma satisfatória, deixando muito a desejar, principalmente por existir uma notória lacuna entre a Matemática escolar e a praticada no dia-a-dia.
A Matemática ocupa lugar de destaque na vida escolar dos alunos, desde as séries iniciais do ensino fundamental. Seja pela misticidade do mundo dos números, ou das formas geométricas, a Matemática se destaca por possuir uma linguagem própria, que a torna uma disciplina “diferente” quando comparada a outras. E é justamente essa diferença contextualizada na realidade social dos alunos, que faz suscitar a importância da Matemática em seu dia-a-dia, tendo em vista o papel primordial que representa o conhecimento matemático na solução de problemas do cotidiano. Contudo, essa disciplina, nem sempre é abordada satisfatoriamente nas escolas.
A Matemática está impregnada na história da humanidade desde seus primórdios, surgindo justamente para suprir as necessidades do cotidiano das primeiras civilizações. Mas no decorrer da história, mitos e tabus foram se criando acerca da disciplina, sendo que alguns ainda habitam o ambiente escolar.
Um discurso que se ouvi freqüentemente entre os alunos, a “Matemática é para poucos”, evidencia o tipo da relação entre a disciplina e os mesmos. Como conseqüência desse mito, os alunos que apresentam facilidade no aprendizado da Matemática, são vistos pelos outros como inteligentes, estudiosos, esforçados. Os que os credenciam ao sucesso. Já os alunos com certa dificuldade de aprendizado em Matemática são condenados ao fracasso escolar. Agrega-se a tal fato, ao alto índice de evasão escolar, que segundo dados do MEC, a Matemática é a disciplina que contribui com maior peso para esse fenômeno. Mas o discurso a “Matemática é para poucos” não é de construção recente. Tenório, citado por Silveira (2005) aborda esta questão.
Problemas ligados ao inicio das estações podem ter criado a necessidade dos primeiros cálculos (...). Foram eles os primeiros “Matemáticos”, os primeiros calculistas. Os sacerdotes egípcios executavam laboriosas medições a fim de adquirirem um razoável conhecimento acerca das enchentes e vazantes do Rio Nilo. Em seus templos, bem dissimulados, existiam nilômetros, aparelhos que os ajudavam nesse mister. O povo não participava desse trabalho nem conhecia a existência desses instrumentos. Assim, quando os sacerdotes previam determinada enchente vazante, tal previsão era recebida pelo povo aureolada de profecia; por via de conseqüência, os sacerdotes recebiam não apenas reverências reservadas aos profetas e deuses, como, possivelmente mais importante que isto outras homenagens mais materiais como presentes, dinheiro, etc.
Desta forma, desde o início, a produção e organização do conhecimento matemático estavam em mãos da classe dominante, já que os sacerdotes constituíam-se em aliados importantes do poder (TENÓRIO, 1995, p. 105).
Nesse recorte, fica evidente a presença do misticismo envolvendo o conhecimento matemático, além de tornar evidente o discurso “Matemática é para poucos” data de séculos atrás.
Como conseqüência desse discurso, vem à tona um outro: “Matemática é difícil”. Tal discurso ganha força levando-se em consideração que a Matemática é a disciplina responsável pela maioria das reprovações escolares. Até mesmo os próprios professores da disciplina, dizem que a Matemática precisa torna-se fácil, o que pressupõe que ela seja difícil.
Certamente o fator que, infelizmente ofusca com mais intensidade a importância da Matemática, é justamente o que deveria o efeito contrario, ou seja, a maneira como a disciplina é lecionada nas escolas. “A ação prática tem ocupado um lugar de primazia onde a filosofia, um pensar no que é essencial, não tem tido uma maior atenção” (MEDEIROS, 1985, p. 13). Nesse contexto, destaca-se um perfil de professor nocivo à fomentação do conhecimento matemático: o autoritário. Aulas limitadas à exposição de conteúdos, em sua maioria sem nenhuma referência à história de sua construção são predominantes nas salas de aula. E para fixação dos conteúdos, os alunos são sujeitos à baterias de exercícios repetitivos, restritos a aplicação de fórmulas imediatas em várias questões quase sempre com os mesmo enunciados. Sendo assim a abstração, uma virtude do conhecimento matemático, tende-se a distanciar cada vez mais dos alunos.
A combinação desses fatores impede a aplicação do conhecimento matemático no cotidiano dos alunos, tendo em vista que para utilização da teoria na pratica, torna-se necessária uma base teórica sólida.
Logo nas primeiras séries do ensino fundamental é notório a importância do conhecimento matemático na realidade dos alunos. Por exemplo, uma criança quando entende as operações aritméticas, torna-se capaz de encarar as movimentações financeiras de sua realidade, como o troco da passagem de ônibus ou da padaria. E a medida que o aluno avança dentro do ensino básico, torna-se cada vez mais amplo o campo de aplicação do conhecimento matemático em seu cotidiano; tendo-se em vista que um aluno do ensino médio tendo em mente os conceitos de funções, torna-se apto, por exemplo, a construir uma planilha de gastos e receitas em sua casa, o que sem dúvida contribui muito no planejamento do orçamento doméstico.
A matemática também pode transformar-se em uma importante ferramenta de mudança social, pois partindo do pressuposto que o aluno assimilou o conhecimento matemático ele é capaz de contextualizá-lo. Por exemplo, um aluno do ensino médio é capaz de compreender o que representa para o país os juros da dívida externa, o saldo da balança comercial, a divisão do orçamento público. E de posse desse conhecimento, tem-se a construção de um senso crítico capaz de questionar as lideranças políticas do país.
Torna-se evidente a importância da Matemática no cotidiano dos alunos, mas os mesmos revelam a existência de um abismo entre a Matemática estudada na sala de aula e a que se usa no dia-a-dia. Portanto aquela velha resposta que a Matemática serve para desenvolver o raciocínio já não consegue persuadir os alunos sobre a importância da disciplina, pois com a globalização e a modernização da mídia o acesso dos alunos à informações, antes de modo restrito, torna-se quase instantâneo.
Portanto, mais que uma Matemática usada no cotidiano familiar ou profissional, os alunos precisam de uma Matemática que os ajude na solução dos seus problemas, independentemente de sua natureza.
A Matemática ocupa lugar de destaque na vida escolar dos alunos, desde as séries iniciais do ensino fundamental. Seja pela misticidade do mundo dos números, ou das formas geométricas, a Matemática se destaca por possuir uma linguagem própria, que a torna uma disciplina “diferente” quando comparada a outras. E é justamente essa diferença contextualizada na realidade social dos alunos, que faz suscitar a importância da Matemática em seu dia-a-dia, tendo em vista o papel primordial que representa o conhecimento matemático na solução de problemas do cotidiano. Contudo, essa disciplina, nem sempre é abordada satisfatoriamente nas escolas.
A Matemática está impregnada na história da humanidade desde seus primórdios, surgindo justamente para suprir as necessidades do cotidiano das primeiras civilizações. Mas no decorrer da história, mitos e tabus foram se criando acerca da disciplina, sendo que alguns ainda habitam o ambiente escolar.
Um discurso que se ouvi freqüentemente entre os alunos, a “Matemática é para poucos”, evidencia o tipo da relação entre a disciplina e os mesmos. Como conseqüência desse mito, os alunos que apresentam facilidade no aprendizado da Matemática, são vistos pelos outros como inteligentes, estudiosos, esforçados. Os que os credenciam ao sucesso. Já os alunos com certa dificuldade de aprendizado em Matemática são condenados ao fracasso escolar. Agrega-se a tal fato, ao alto índice de evasão escolar, que segundo dados do MEC, a Matemática é a disciplina que contribui com maior peso para esse fenômeno. Mas o discurso a “Matemática é para poucos” não é de construção recente. Tenório, citado por Silveira (2005) aborda esta questão.
Problemas ligados ao inicio das estações podem ter criado a necessidade dos primeiros cálculos (...). Foram eles os primeiros “Matemáticos”, os primeiros calculistas. Os sacerdotes egípcios executavam laboriosas medições a fim de adquirirem um razoável conhecimento acerca das enchentes e vazantes do Rio Nilo. Em seus templos, bem dissimulados, existiam nilômetros, aparelhos que os ajudavam nesse mister. O povo não participava desse trabalho nem conhecia a existência desses instrumentos. Assim, quando os sacerdotes previam determinada enchente vazante, tal previsão era recebida pelo povo aureolada de profecia; por via de conseqüência, os sacerdotes recebiam não apenas reverências reservadas aos profetas e deuses, como, possivelmente mais importante que isto outras homenagens mais materiais como presentes, dinheiro, etc.
Desta forma, desde o início, a produção e organização do conhecimento matemático estavam em mãos da classe dominante, já que os sacerdotes constituíam-se em aliados importantes do poder (TENÓRIO, 1995, p. 105).
Nesse recorte, fica evidente a presença do misticismo envolvendo o conhecimento matemático, além de tornar evidente o discurso “Matemática é para poucos” data de séculos atrás.
Como conseqüência desse discurso, vem à tona um outro: “Matemática é difícil”. Tal discurso ganha força levando-se em consideração que a Matemática é a disciplina responsável pela maioria das reprovações escolares. Até mesmo os próprios professores da disciplina, dizem que a Matemática precisa torna-se fácil, o que pressupõe que ela seja difícil.
Certamente o fator que, infelizmente ofusca com mais intensidade a importância da Matemática, é justamente o que deveria o efeito contrario, ou seja, a maneira como a disciplina é lecionada nas escolas. “A ação prática tem ocupado um lugar de primazia onde a filosofia, um pensar no que é essencial, não tem tido uma maior atenção” (MEDEIROS, 1985, p. 13). Nesse contexto, destaca-se um perfil de professor nocivo à fomentação do conhecimento matemático: o autoritário. Aulas limitadas à exposição de conteúdos, em sua maioria sem nenhuma referência à história de sua construção são predominantes nas salas de aula. E para fixação dos conteúdos, os alunos são sujeitos à baterias de exercícios repetitivos, restritos a aplicação de fórmulas imediatas em várias questões quase sempre com os mesmo enunciados. Sendo assim a abstração, uma virtude do conhecimento matemático, tende-se a distanciar cada vez mais dos alunos.
A combinação desses fatores impede a aplicação do conhecimento matemático no cotidiano dos alunos, tendo em vista que para utilização da teoria na pratica, torna-se necessária uma base teórica sólida.
Logo nas primeiras séries do ensino fundamental é notório a importância do conhecimento matemático na realidade dos alunos. Por exemplo, uma criança quando entende as operações aritméticas, torna-se capaz de encarar as movimentações financeiras de sua realidade, como o troco da passagem de ônibus ou da padaria. E a medida que o aluno avança dentro do ensino básico, torna-se cada vez mais amplo o campo de aplicação do conhecimento matemático em seu cotidiano; tendo-se em vista que um aluno do ensino médio tendo em mente os conceitos de funções, torna-se apto, por exemplo, a construir uma planilha de gastos e receitas em sua casa, o que sem dúvida contribui muito no planejamento do orçamento doméstico.
A matemática também pode transformar-se em uma importante ferramenta de mudança social, pois partindo do pressuposto que o aluno assimilou o conhecimento matemático ele é capaz de contextualizá-lo. Por exemplo, um aluno do ensino médio é capaz de compreender o que representa para o país os juros da dívida externa, o saldo da balança comercial, a divisão do orçamento público. E de posse desse conhecimento, tem-se a construção de um senso crítico capaz de questionar as lideranças políticas do país.
Torna-se evidente a importância da Matemática no cotidiano dos alunos, mas os mesmos revelam a existência de um abismo entre a Matemática estudada na sala de aula e a que se usa no dia-a-dia. Portanto aquela velha resposta que a Matemática serve para desenvolver o raciocínio já não consegue persuadir os alunos sobre a importância da disciplina, pois com a globalização e a modernização da mídia o acesso dos alunos à informações, antes de modo restrito, torna-se quase instantâneo.
Portanto, mais que uma Matemática usada no cotidiano familiar ou profissional, os alunos precisam de uma Matemática que os ajude na solução dos seus problemas, independentemente de sua natureza.
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